304 North Cardinal St. Dorchester Center, MA 02124
Câncer de intestino: por que o risco cresce entre jovens e como se proteger
Aviso: Este conteúdo tem finalidade educativa e não substitui avaliação individual com profissional de saúde. Consulte seu médico para diagnóstico e tratamento personalizados.
O câncer de cólon e reto já é o terceiro tipo mais incidente no Brasil, com 45 630 novos casos estimados por ano no triênio 2023-2025 (21,1 casos/100 mil habitantes). Embora continue predominando após os 50 anos, estudos recentes mostram aumento consistente entre adultos de 25 a 49 anos, tendência atribuída a mudanças no estilo de vida e maior prevalência de obesidade e sedentarismo.
Fatores que elevam o risco
Categoria
Evidências principais
Alimentação pobre em fibras
Dietas ricas em ultraprocessados, carne vermelha e embutidos aumentam a inflamação intestinal e favorecem pólipos.
Sedentarismo e excesso de peso
Sobrepeso gera resistência à insulina e alterações inflamatórias crônicas.
Álcool e tabaco
Não existe dose segura de bebida alcoólica; fumar danifica diretamente o DNA das células do cólon.
História familiar / síndromes hereditárias
Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar justificam rastreio mais precoce.
Quatro pilares de prevenção
Dieta rica em fibras (≥25 g/dia) Priorize frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais; limite processados, carnes vermelhas e adicionadas de nitritos.
Atividade física regular Pelo menos 150 min/sem de exercício moderado ajudam a reduzir inflamação e tempo de trânsito intestinal.
Peso corporal saudável Manter IMC entre 18,5 e 24,9 diminui o risco de adenomas avançados.
Evitar álcool e tabaco INCA recomenda abstinência alcoólica e abandono total do cigarro para fins de prevenção.
Colonoscopia: rastrear para prevenir
Início aos 45 anos para pessoas de risco médio; aos 40 anos (ou 10 anos antes do caso mais jovem na família) se houver parente de 1.º grau acometido.
Intervalo de 10 anos quando o exame é normal; encurte se forem removidos múltiplos pólipos ou lesões avançadas.
Durante o procedimento, pólipos pré-cancerosos podem ser retirados imediatamente, prevenindo a evolução para tumor invasivo.
Sinais de alerta – procure um gastroenterologista se houver
Sangue vivo ou escuro nas fezes
Alteração repentina do hábito intestinal (diarreia persistente ou constipação)
Fezes afiladas, cólicas ou sensação de evacuação incompleta
Perda de peso e anemia sem causa aparente
Quanto mais cedo o tumor é descoberto (estágio I), maior a chance de cura cirúrgica, chegando a 90 %.